05 Modelos de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos [2024 – ENEM]

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Neste artigo vamos apresentar 05 modelos de redação sobre Justiça com as Próprias Mãos e em cada redação abordaremos o assunto sob uma perspectiva diferente para que você possa dominar esse tema e estar preparado caso esse assunto caia na redação do ENEM.

Além dos 05 modelos de redação, oferecemos também análises críticas das redações levando em consideração as competências demandas pelo ENEM. Utilize as análises para fundamentar seu conhecimento sobre quais pontos são observadores nas pessoas que irão corrigir sua redação.

É importante lembrar que ao utilizar a tabela de análise, você poderá ter um entendimento aprofundado sobre quais são os pontos altos e baixos das redações apresentadas abaixo.

Vamos lá!

Redação sobre fazer justiça com as próprias mãos

Modelo 1 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A Armadilha da Justiça com as Próprias Mãos: Ilusão de Segurança e Risco ao Estado de Direito

Em uma sociedade marcada pela crescente sensação de insegurança, é compreensível que, em determinados momentos, indivíduos busquem alternativas extremas para garantir sua proteção. A justiça com as próprias mãos, no entanto, se apresenta como uma perigosa armadilha, criando um cenário de ilusão de segurança e, mais gravemente, colocando em risco os princípios fundamentais do Estado de Direito. Ao tomar a justiça em suas próprias mãos, cidadãos comuns atravessam a linha que separa a ordem da anarquia, desmantelando a estrutura jurídica que, paradoxalmente, é a base para uma convivência pacífica e justa.

Primeiramente, é essencial reconhecer que a busca por justiça individual nasce da frustração com a lentidão e, por vezes, ineficácia do sistema judicial. A sensação de impunidade frente a crimes, aliada à desconfiança nas instituições, fomenta a crença de que ações extrajudiciais são não apenas necessárias, mas também justas. Contudo, tal comportamento se fundamenta em uma percepção distorcida da realidade e desconsidera o complexo emaranhado de direitos e deveres que regulamentam uma sociedade democrática. A justiça com as próprias mãos ignora os procedimentos legais, violando princípios básicos como o direito à defesa e ao julgamento imparcial.

Ademais, ao renunciar à mediação estatal, abre-se um perigoso precedente de violência e vingança pessoal. Um exemplo notável é a proliferação de linchamentos em algumas regiões do Brasil, nos quais a população assume o papel de juiz, júri e executor. Esses eventos trágicos não apenas destroem vidas mas também corroem o tecido social, propagando uma cultura de violência onde impera a lei do mais forte. A justiça, nesses casos, transforma-se em bárbara retribuição, muito distante da racionalidade e equilíbrio que deveriam norteá-la.

A dimensão ética desse debate não pode ser ignorada. Para que haja verdadeira justiça, é necessário que se respeite uma ordem institucional que atua de acordo com leis previamente estabelecidas e aplicadas de modo equitativo. Em vez de romper com o sistema, a sociedade deve pressionar para que as falhas sejam corrigidas, investindo em reformas estruturais que fortaleçam o Judiciário, garantam a eficiência policial e promovam uma cultura de paz e respeito aos direitos humanos.

Portanto, a justiça com as próprias mãos, em vez de solução, constitui um grave problema que ameaça os pilares democráticos e a coesão social. A verdadeira segurança e justiça são alcançadas por meio do fortalecimento das instituições e do respeito às normas jurídicas, repudiando qualquer forma de violência e vingança pessoal. Assim, construir uma sociedade mais justa e segura depende do comprometimento coletivo com os valores democráticos e os direitos inalienáveis de todos os cidadãos.

Análise do Modelo 1 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A redação apresenta um sólido domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa, demonstrando coesão e coerência na construção dos períodos.

A diversidade vocabular utilizada contribui positivamente para a clareza e sofisticação do texto. No entanto, em alguns trechos, há períodos relativamente longos, o que pode comprometer a fluidez da leitura. Trabalhar na segmentação das frases pode ajudar a tornar o texto mais acessível e dinâmico.

Na compreensão e desenvolvimento do tema proposto, a redação mostra uma abordagem clara e criteriosa. A problemática da justiça com as próprias mãos é explorada com profundidade, sendo integrados conceitos de ordem jurídica e ética.

Esse tratamento abrangente revela uma boa utilização de conhecimentos de diferentes áreas, reforçando a argumentação central.

Ainda assim, poderia haver um maior detalhamento em algumas seções, especialmente ao discutir exemplos específicos ou apresentar dados que solidifiquem ainda mais a argumentação e a tornam mais persuasiva.

A seleção e organização de informações, fatos, opiniões e argumentos na redação são bem executadas. As ideias são apresentadas de maneira lógica, seguindo uma progressão do problema à solução proposta. A redação faz uso adequado de conectivos, o que facilita a coesão textual.

Entretanto, a inclusão de mais exemplos concretos ou referências a casos reais poderia fortalecer ainda mais a persuasão do ponto de vista defendido. Isso agregaria mais credibilidade e enriqueceria o embasamento dos argumentos apresentados.

Quanto aos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação, a redação demonstra uma habilidade notável em articular os argumentos de forma clara e convincente.

As orações subordinadas são usadas de maneira eficaz para enriquecer o texto, e o uso variado de tempos verbais e modos indica um domínio técnico da escrita. Contudo, a revisão de alguns períodos mais longos e a busca por sinônimos para evitar repetições poderiam aperfeiçoar ainda mais a qualidade textual.

Finalmente, a proposta de intervenção apresentada é coerente e está devidamente integrada a toda a argumentação anterior. A sugestão de fortalecer as instituições, corrigir falhas do Judiciário, melhorar a eficiência policial e promover uma cultura de paz e respeito aos direitos humanos está alinhada com os princípios dos direitos humanos.

No entanto, a proposta poderia ser ainda mais detalhada, especificando ações concretas ou medidas práticas que poderiam ser implementadas para alcançar esses objetivos. Isso daria um caráter mais palpável e executável à proposta de intervenção.

Competência analisada Pontos fortes Pontos fracos
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Uso variado de vocabulário, coesão e coerência na construção dos períodos. Alguns períodos longos comprometem a fluidez da leitura.
Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Abordagem clara e criteriosa do tema, integrando conceitos de ordem jurídica e ética. Necessidade de maior detalhamento em algumas seções e inclusão de mais exemplos específicos.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Organização lógica das ideias, uso adequado de conectivos. Incluir mais exemplos concretos ou referências a casos reais para fortalecer os argumentos.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Domínio técnico da escrita, uso eficaz de orações subordinadas. Revisar períodos longos e buscar sinônimos para evitar repetições.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Proposta coerente e integrada à argumentação, alinhada com os princípios dos direitos humanos. Proposta poderia ser mais detalhada, especificando ações concretas e medidas práticas.

Modelo 2 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A Justiça com as Próprias Mãos: Um Retrocesso Social e Econômico

A prática de fazer justiça com as próprias mãos, cada vez mais retratada nos noticiários brasileiros, revela uma profunda crise de confiança no sistema judiciário e em entidades de segurança pública. Essa tendência alarmante não só questiona a eficácia do Estado em promover a justiça, mas também implica em severas consequências sociais e econômicas. Em um país que já enfrenta dificuldades para garantir a segurança de seus cidadãos, a justiça informal agrava o cenário de violência e insegurança, instaurando uma sensação de anomia e promovendo mais violência.

Historicamente, a justiça privada sempre foi um reflexo de sistemas jurídicos ineficazes ou inexistentes. No Brasil contemporâneo, com um sistema judiciário abarrotado de processos, morosidade na resolução de casos e uma polícia muitas vezes subaparelhada e mal remunerada, muitos cidadãos sentem-se compelidos a tomar medidas drásticas. Contudo, essa prática é extremamente perigosa e contraproducente. A justiça informal, embasada na emoção e muitas vezes na desinformação, pode acabar por punir inocentes, exacerbando conflitos e traumas em toda a comunidade envolvida.

Ademais, a justiça com as próprias mãos compromete a ordem social e coloca em risco princípios fundamentais da democracia, como o direito ao devido processo legal e à presunção de inocência. Quando indivíduos assumem o papel de juízes e carrascos, subvertem não apenas o sistema jurídico, mas também a própria ideia de justiça, que deve ser imparcial e fundamentada em evidências. Além disso, cria-se um ciclo de vingança que perpetua a violência e enfraquece ainda mais o tecido social.

Outro ponto crucial a ser considerado são as implicações econômicas dessa prática. Comunidades tomadas pela sensação de insegurança tendem a sofrer quedas significativas na atividade econômica, visto que empresas e investimentos evitam áreas de alta criminalidade e instabilidade social. Além do mais, o aumento da violência gera maiores custos para o sistema de saúde e para as famílias das vítimas, resultando em um impacto negativo no desenvolvimento econômico local e nacional.

Portanto, é imprescindível que o Estado intensifique seus esforços na reestruturação e aparelhamento das instituições de justiça e segurança pública. Associado a isso, a promoção de uma cultura de paz e educação em direitos humanos desde a base é essencial para reverter essa situação. É preciso, em última análise, reconstituir a confiança da população nas instituições, lembrando sempre que a justiça não deve ser confundida com vingança e que agir ao arrepio da lei é, na verdade, um retrocesso para toda a sociedade brasileira.

Análise do Modelo 2 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A redação sobre o tema “A Justiça com as Próprias Mãos: Um Retrocesso Social e Econômico” apresenta uma análise crítica e detalhada da prática de justiça informal no Brasil.

A redação aborda a crise de confiança no sistema judiciário e nas entidades de segurança pública, destacando as consequências sociais e econômicas dessa tendência.

Apresenta argumentos sólidos e bem estruturados que ressaltam os perigos e a contraproducência da justiça informal, embasando-se em fatos históricos e contemporâneos.

A redação demonstra um bom domínio da língua portuguesa, utilizando um vocabulário adequado e formulando frases coerentes e coesas. No entanto, alguns trechos poderiam ser melhor elaborados para evitar repetições de ideias e ampliar a clareza das argumentações.

A introdução capta a atenção ao contextualizar o problema, preparando o leitor para os pontos a serem discutidos posteriormente.

A análise do tema é proficiente, com uma compreensão clara da proposta de redação. A redação desenvolve o tema utilizando conceitos das áreas de sociologia e economia, estruturando o texto de forma lógica e organizada.

Cada parágrafo apresenta um novo aspecto do problema e contribui para a construção de um ponto de vista crítico. Contudo, poderia haver uma maior diversificação das fontes e exemplos utilizados para fortalecer ainda mais os argumentos.

A seleção, organização e interpretação das informações, fatos, e opiniões estão bem articuladas. A redação relaciona adequadamente os argumentos apresentados e estabelece conexões entre as ideias discutidas.

Entretanto, algumas passagens poderiam ser mais detalhadas para aprofundar a análise crítica. A estrutura dissertativo-argumentativa foi respeitada, com uma introdução clara, desenvolvimento coeso e conclusão que sintetiza o debate e propõe soluções.

Quanto ao uso dos mecanismos linguísticos necessários para construção da argumentação, a redação apresenta uma boa coesão textual, utilizando corretamente conectores e articuladores.

A linguagem é formal e apropriada ao contexto, mas alguns períodos longos poderiam ser fragmentados para facilitar a compreensão e evitar a monotonia na leitura. A argumentação é lógica e bem fundamentada, contribuindo para a persuasão do leitor.

A proposta de intervenção é apresentada de forma clara e respeita os direitos humanos. A redação sugere a reestruturação e aparelhamento das instituições de justiça e segurança pública, assim como a promoção de uma cultura de paz e educação em direitos humanos.

No entanto, essa proposta poderia ser mais detalhada, especificando ações concretas para a implementação das medidas sugeridas e indicando os agentes responsáveis por tais ações.

Competência Pontos Fortes Pontos Fracos
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Vocabulário adequado e bom uso da língua portuguesa. Repetições de ideias em alguns trechos e períodos longos.
Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Desenvolvimento lógico do tema com conceitos sociológicos e econômicos. Maior diversificação de fontes e exemplos poderia fortalecer os argumentos.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Boa articulação dos argumentos e estrutura organizada. Algumas passagens poderiam ser mais detalhadas.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Cohesão textual, uso correto de conectores e formalidade da linguagem. Períodos longos podem ser fragmentados para melhor compreensão.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Proposta clara que respeita os direitos humanos. Proposta poderia especificar ações concretas e agentes responsáveis.

Modelo 3 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A Falácia da Justiça com as Próprias Mãos em uma Sociedade Democrática

Em um momento de intensa polarização social, o conceito de “justiça com as próprias mãos” ganha força e alimenta debates acalorados. A prática, que consiste em tomar atitudes punitivas sem a mediação do sistema judiciário, é um reflexo da descrença na eficácia das instituições públicas. No entanto, essa ação repercute de maneira negativa tanto na coesão social quanto no próprio ideal de justiça, essencial para a estabilidade de uma sociedade democrática.

É compreensível que o sentimento de impunidade e a frustração com os mecanismos legais possam levar cidadãos a querer resolver conflitos por conta própria. No entanto, o sistema judiciário foi concebido exatamente para evitar que paixões e interesses pessoais dominem a aplicação da justiça. A ausência de um julgamento formal e o desprezo pelo contraditório criam um ambiente propício para arbitrariedades e injustiças, ferindo os princípios basilares do Estado de Direito.

Além disso, o ato de fazer justiça com as próprias mãos perpetua ciclos de violência e retaliação. Historicamente, onde a lei do “olho por olho” prevalece, o cenário é de escalada ininterrupta de conflitos, resultando em um tecido social fragilizado. Busca-se com a justiça oficial a reparação adequada dos danos e a reintegração social do infrator, algo que dificilmente se alcança com ações punitivas individuais.

A romantização da justiça paralela, frequentemente alimentada pela mídia e por discursos populistas, constitui um grave risco à ordem social. A sensação imediata de resolução pode ser tentadora, mas as consequências a longo prazo são devastadoras. Quando o cidadão comum assume o papel de executor, abre-se um precedente perigoso para que qualquer um julgue e puna de acordo com perspectivas subjetivas, desviando-se da isenção que deve guiar a justiça.

A solução para a crise de confiança no sistema jurídico passa por reformas que aprimorem sua eficiência e transparência, além da educação cívica que promova a importância das instituições republicanas. Investir na formação de uma sociedade que compreenda e valorize os processos judiciais é fundamental para consolidar uma cultura de paz e de respeito mútuo.

Portanto, apesar da tentação de resolver questões imediatas de violência e criminalidade através da justiça com as próprias mãos, é preciso ressaltar os riscos e as falhas dessa prática. Acreditar e investir em um sistema jurídico imparcial e eficiente é um passo imprescindível para a manutenção da ordem e para o fortalecimento da democracia. Somente assim poderemos assegurar que a justiça, ao invés de ser um instrumento de vingança, seja um pilar de equidade e civilidade.

Análise do Modelo 3 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A redação apresentada discorre sobre a temática da justiça com as próprias mãos em uma sociedade democrática, abordando de maneira clara e coerente os fatores que contribuem para essa prática e as consequências negativas que ela acarreta.

No que concerne ao domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa, a redação mostra um bom uso da norma padrão, com vocabulário adequado e estruturas sintáticas diversificadas, o que demonstra uma boa competência linguística.

No entanto, há alguns deslizes pontuais de pontuação e concordância que, embora não prejudiquem gravemente a compreensão, podem ser melhorados para alcançar uma maior precisão na escrita.

A redação compreende bem a proposta de discussão sobre a falácia da justiça com as próprias mãos, explorando conceitos pertinentes e demonstrando conhecimento de diversas áreas.

Ao abordar a descrença nas instituições públicas e a perpetuação da violência, são apresentadas reflexões fundamentadas sobre o tema, o que evidencia uma boa capacidade de relacionar e aplicar conhecimentos diversos.

Contudo, a argumentação poderia ser enriquecida com dados mais concretos e exemplos históricos ou contemporâneos que reforcem a tese defendida, tornando-a ainda mais robusta e contundente.

Na seleção, organização, e interpretação das informações, a redação se destaca por uma estrutura bem definida e lógica, com uma introdução que situa o leitor, desenvolvimento que aprofunda as causas e consequências do problema, e uma conclusão que retoma os pontos essenciais e propõe soluções.

Os parágrafos são coesos e as ideias se encadeiam de maneira fluida.

Por outro lado, a redação poderia se beneficiar de uma maior diversidade de perspectivas e fontes, possibilitando uma visão mais abrangente e multifacetada do tema discutido.

Quanto aos mecanismos linguísticos empregados para a construção da argumentação, a redação demonstra uma boa variedade de conectores e recursos coesivos que facilitam a progressão temática e a articulação das ideias.

A argumentação é conduzida de maneira a manter o interesse do leitor, mas poderia ser intensificada com a utilização de figuras de linguagem ou outras estratégias retóricas que tornem o texto ainda mais persuasivo e envolvente.

Finalmente, a proposta de intervenção apresentada aborda de forma clara e viável a necessidade de reformas no sistema jurídico e da promoção da educação cívica. A proposta está alinhada com os direitos humanos e evidencia uma preocupação com a construção de uma sociedade mais justa e democrática.

No entanto, a redação poderia aprofundar mais as ações concretas a serem implementadas e os agentes responsáveis, detalhando melhor o caminho a ser trilhado para alcançar as reformas e a conscientização desejadas.

Competência analisada do ENEM Pontos fortes Pontos fracos
Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Bom uso da norma padrão, vocabulário adequado, estruturas sintáticas diversificadas Deslizes pontuais de pontuação e concordância
Competência 2: Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Compreensão clara da proposta, reflexões fundamentadas, exploração de conceitos pertinentes Argumentação poderia ser enriquecida com dados mais concretos e exemplos específicos
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Estrutura bem definida, parágrafos coesos, ideias bem encadeadas Falta de maior diversidade de perspectivas e fontes
Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Boa variedade de conectores e recursos coesivos, argumentação clara Poderia intensificar com figuras de linguagem ou estratégias retóricas
Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Proposta clara e viável, alinhada aos direitos humanos Poderia detalhar mais as ações concretas e os agentes responsáveis

Modelo 4 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

Perigo Imminente: A Ameaça da Justiça com as Próprias Mãos

Ao longo da história, a justiça com as próprias mãos tem sido uma resposta visceral à ineficácia do sistema judicial, refletindo uma sociedade desesperada por segurança e justiça imediata. No entanto, essa prática nefasta fere os princípios básicos do Estado de Direito e coloca em risco os direitos fundamentais de todos os cidadãos.

O combate ao crime deve ser responsabilidade exclusiva do Estado, que possui as ferramentas adequadas e o devido processo legal para investigar, julgar e punir delitos. Quando indivíduos resolvem agir por conta própria, muitas vezes guiados pela emoção e não pela razão, há um colapso da ordem social. Pessoas inocentes podem ser acusadas e violadas sem a oportunidade de defesa, resultando em tragédias irreparáveis.

Essa prática, infelizmente, encontra terreno fértil em ambientes de extrema desigualdade social e falhas institucionais. Comunidades marginalizadas, frequentemente esquecidas pelo Estado, veem-se forçadas a criar seus próprios mecanismos de proteção, o que invariavelmente leva a linchamentos e outras formas de violência. A falta de confiança nas autoridades e a percepção de impunidade são fatores que intensificam essa realidade.

Além disso, a mídia e as redes sociais desempenham um papel crucial na disseminação e legitimação dessas ações. Notícias sensacionalistas e vídeos de justiça com as próprias mãos viralizam rapidamente, alimentando um ciclo de ódio e vingança. A exposição de atos de brutalidade desperta sentimentos de desforra nas pessoas, que muitas vezes se sentem inspiradas a replicar essas ações em suas comunidades.

O caminho para a solução desse problema passa pela estruturação de um Estado mais presente e eficiente. É imprescindível o investimento em segurança pública, educação e políticas sociais que ataquem as raízes da criminalidade e da desigualdade. Além disso, é fundamental promover a conscientização acerca da importância do devido processo legal e dos direitos humanos, para que a população entenda que a verdadeira justiça não pode ser feita com as próprias mãos.

Ademais, a mídia deve ser responsabilizada por seu papel na promoção desse comportamento. Cabe aos órgãos de comunicação divulgar informações de forma ética e responsável, contribuindo para a formação de uma opinião pública consciente e crítica.

Por fim, a construção de uma sociedade justa e segura requer um esforço coletivo e contínuo. É vital que todos os cidadãos, em conjunto com o Estado, atuem para fortalecer as instituições e a confiança no sistema judicial, garantindo que a justiça seja feita no seu devido tempo e por meios legais. A justiça com as próprias mãos, além de ilegal, é um retrocesso civilizatório que compromete a paz e a segurança de todos.

Análise do Modelo 4 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A redação aborda um tema bastante relevante e atual, a justiça com as próprias mãos, e desenvolve a argumentação de maneira coerente e articulada.

A utilização da modalidade escrita formal da língua portuguesa é bem conduzida, com poucas falhas gramaticais ou de pontuação, demostrando um bom domínio da norma culta. As ideias são bem desenvolvidas e estruturadas em parágrafos que mantêm uma lógica sequencial e facilitam a leitura e compreensão do texto.

Ao compreender a proposta da redação e aplicar conceitos de áreas como sociologia, direito e comunicação, o texto mostra uma boa capacidade de análise crítica sobre a problemática apresentada.

A escolha do tema e a forma como é desenvolvido refletem uma boa compreensão da complexidade e das implicações sociopolíticas do assunto, alinhando-se bem dentro dos limites de um texto dissertativo-argumentativo.

Ao selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para sustentar o ponto de vista, a redação apresenta argumentos sólidos e factuais. Exemplos como a atuação da mídia e a questão da desigualdade social são articulados de forma a evidenciar a relevância do tema, fortalecendo a argumentação.

No entanto, a redação poderia ser enriquecida com dados estatísticos mais concretos ou referências específicas a casos conhecidos, o que tornaria a argumentação ainda mais robusta e convincente.

O conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação é demonstrado através do uso de conectores e a estruturação coesa dos parágrafos. A utilização adequada de conjunções, advérbios e expressões de causa e consequência proporciona uma fluidez no desenvolvimento das ideias, mantendo a clareza e a eficácia argumentativa.

Poderia haver, no entanto, uma maior variação no vocabulário e na construção de frases, de modo a evitar repetições e dar mais vivacidade ao texto.

A proposta de intervenção é pertinente e respeita os direitos humanos, sugerindo ações viáveis como o fortalecimento das instituições e a responsabilização da mídia.

A abordagem de solucionar o problema através de investimentos em segurança pública, educação e políticas sociais, bem como a conscientização sobre o processo legal, é adequada e coerente com a argumentação.

Contudo, uma maior detalhamento das ações específicas a serem tomadas pelo Estado e pela sociedade civil poderia tornar a proposta ainda mais convincente e pragmática.

Competência Pontos Fortes Pontos Fracos
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Boa condução da modalidade escrita formal, com poucas falhas gramaticais e de pontuação. Possivelmente, há falta de variação no vocabulário e construção de frases.
Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Compreensão clara da proposta e boa aplicação de conceitos sociológicos, legais e mediáticos para desenvolver o tema. Podia incluir mais dados estatísticos ou referências específicas para enriquecer a argumentação.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Apresentação de argumentos sólidos e bem articulados, com uma boa relação entre os elementos apresentados. Ausência de dados específicos ou estudos de caso conhecidos que poderiam fortalecer ainda mais a argumentação.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Uso eficaz de conectores e estruturação coesa dos parágrafos, mantendo a clareza e a fluidez das ideias. Repetição de certos termos e construções frasais que poderiam ser diversificados.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Proposta de intervenção pertinente, viável e respeitadora dos direitos humanos. Faltou detalhamento específico das ações a serem tomadas para tornar a proposta mais convincente e pragmática.

Modelo 5 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A Problemática da Justiça com as Próprias Mãos na Sociedade Brasileira

A recente onda de casos de justiça com as próprias mãos no Brasil suscita um debate profundo sobre segurança, justiça e a eficácia do sistema judiciário. Essa prática, que de forma alarmante vem ganhando espaço em um contexto de insatisfação popular com a impunidade e a morosidade judicial, resulta em graves violações dos direitos humanos e representa um retrocesso em termos de desenvolvimento social e civilizatório. A análise desse fenômeno requer uma reflexão sobre as razões de sua ocorrência e as consequências que este tipo de justiça pode acarretar.

Inicialmente, é crucial considerar as causas que levam indivíduos a praticarem justiça com as próprias mãos. O principal fator impulsionador é a percepção de ineficácia do sistema de segurança pública e judiciário. Crimes cometidos e não solucionados, longos processos judiciais e penas que não parecem equivalentes ao delito aumentam a sensação de impunidade. Consequentemente, cidadãos desesperançados e temerosos passam a agir por conta própria, visando proteger suas comunidades e punir os culpados. No entanto, tal prática acarreta uma série de problemas que unem a questão da segurança pública à moralidade e à legalidade.

A partir do momento em que cidadãos comuns se arvoram o direito de punir, instauram-se o caos e a anarquia. A justiça com as próprias mãos promove a desordem e frequentemente resulta em erros judiciais e linchamentos de inocentes, o que agrava ainda mais a violência e a insegurança. Além disso, essa prática solapa os princípios do Estado Democrático de Direito, em que a função de julgar e punir cabe exclusivamente ao sistema judiciário devidamente constituído. Nesse sentido, a falta de intervenção estatal eficaz e a omissão frente a esses atos contribuem para a perpetuação de um ciclo vicioso de violência e desconfiança nas instituições.

Para mitigar esse cenário, medidas devem ser adotadas de forma urgente e conjunta. Investimentos em segurança pública são fundamentais para reconstruir a confiança da população nas forças policiais e no aparato de justiça. Adicionalmente, campanhas de conscientização sobre os perigos e as ilegalidades da justiça com as próprias mãos podem contribuir para desfazer a mentalidade de que esta prática é aceitável ou necessária. O fortalecimento do Judiciário através de uma maior celeridade processual e a aplicação adequada das penas também são essenciais.

Portanto, a justiça com as próprias mãos é um sintoma de um sistema que necessita de reformas estruturais urgentes. Garantir a eficiência e a confiança na justiça instituída é imperativo para que os brasileiros não sintam a necessidade de recorrerem a atos que comprometam sua segurança e seus direitos fundamentais. A promoção de uma sociedade mais justa e segura passa, necessariamente, pela reformulação e pelo fortalecimento do Estado diante de sua função primordial: garantir a ordem e a justiça.

Análise do Modelo 5 de Redação Sobre Justiça com as Próprias Mãos

A análise da redação sobre a temática da justiça com as próprias mãos oferece uma série de pontos positivos e áreas de melhoria relevantes. Primeiramente, é importante notar o uso adequado da modalidade escrita formal da língua portuguesa ao longo do texto.

A redação demonstra uma boa escolha lexical e um uso eficiente da norma culta, o que contribui para a clareza e a coesão textual. Porém, vale a pena destacar que pequenas revisões focadas na pontuação e na correção gramatical poderiam aprimorar ainda mais a precisão linguística e a fluidez da leitura.

No que se refere ao entendimento da proposta da redação e à aplicação de conceitos das várias áreas de conhecimento, a redação se mostra bem fundamentada.

A abordagem refletida no texto revela uma compreensão plena do tema proposto, discutindo tanto suas causas quanto suas consequências de maneira lógica e coerente. O desenvolvimento está alinhado com uma perspectiva crítica e analítica, o que reforça a adequação ao gênero dissertativo-argumentativo.

No entanto, a inclusão de exemplos mais específicos e dados concretos poderia fortalecer ainda mais os argumentos apresentados, conferindo maior robustez ao texto.

Sobre a seleção, relação, organização e interpretação das informações, a redação apresenta uma estrutura bem delineada, com parágrafos claros e bem distribuídos. O encadeamento lógico das ideias facilita a compreensão do ponto de vista defendido.

A construção argumentativa está coerente, mas a redação poderia se beneficiar de um maior detalhamento de alguns pontos centrais do argumento. A introdução de contrapontos ou refutações poderia também enriquecer a qualidade argumentativa, demonstrando um debate mais completo e profundo.

Já no que concerne ao conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação, a redação faz uso de conectivos adequados que garantem a coesão textual. A clareza e a objetividade com que as ideias são expostas denotam um bom controle dos recursos coesivos.

Entretanto, variar mais o uso desses conectores poderia evitar a repetição e elevar a complexidade do texto, mantendo a atenção do leitor e acrescentando dinamismo à argumentação.

Por fim, a elaboração da proposta de intervenção, que deve respeitar os direitos humanos, está bem delineada. A redação sugere medidas concretas e executáveis, como investimentos em segurança pública e campanhas de conscientização, que são viáveis e pertinentes para a realidade brasileira.

No entanto, detalhar mais como essas medidas poderiam ser implementadas e quais seriam os responsáveis por sua execução enriqueceriam ainda mais a proposta, destacando sua viabilidade e a capacidade de proporcionar mudanças efetivas.

Competência do ENEM Pontos Fortes Pontos Fracos
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Boa escolha lexical, uso eficiente da norma culta. Necessidade de revisão gramatical e pontuação.
Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Compreensão plena do tema, abordagem crítica e analítica. Incorporação de exemplos mais específicos e dados concretos.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Estrutura bem delineada e lógica, encadeamento consistente das ideias. Maior detalhamento de pontos centrais e inclusão de contrapontos.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Uso adequado de conectivos, clareza e objetividade. Maior variedade de conectores para evitar repetição e monotonia.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Proposta clara, concreta e viável. Detalhamento na execução das medidas e responsáveis.

Esforço, estudo e perseverança

Ao longo deste artigo, exploramos diversos modelos de redação sobre Justiça com as Próprias Mãos, cada um abordando diferentes tópicos sobre este importante tema.

As análises detalhadas oferecidas visam não apenas ilustrar como construir argumentos sólidos e bem estruturados, mas também como cada competência do ENEM é avaliada e pode ser aprimorada.

O estudo cuidadoso desses modelos e a aplicação consciente dos feedbacks sugeridos são passos essenciais para quem busca a excelência na escrita e, por extensão, um desempenho superior no ENEM.

Lembre-se: a habilidade de argumentar e escrever de forma coesa e coerente não apenas eleva suas notas, mas abre portas para oportunidades no ensino superior, atuando como um divisor de águas na jornada educacional. Portanto, encorajo cada estudante a ver a preparação para o ENEM não como um obstáculo, mas como uma ponte para o futuro, onde a dedicação e o esforço dedicados agora podem transformar sonhos em realidades palpáveis.