É muito comum escutarmos na mídia, o nome de ONGs que realizam um trabalho sério e com resultados impressionantes.
É importante lembrar que assim como empresas, ONGs também precisam estruturar processos, atrair pessoas com habilidades técnicas das suas áreas de atuação e ter uma visão estratégica de onde a organização social almeja chegar.
Pensando nisso e acreditando que é importante valorizar o trabalho de pessoas que estão a frente de suas organizações, apresentamos três gestores de ONGs brasileiras que você deveria conhecer.
Alan Maia – Agência do Bem
Formado em comunicação pela PUC-RJ e com mestrado em Serviço Social pela mesma faculdade, Alan Maia é o gestor afrente da organização Agência do Bem.
Entre os diversos projetos, a Escola de Música e Cidadania, é a iniciativa de maior destaque e solidez da instituição. O projeto tem o objetivo de oferecer, de forma gratuita, aulas de instrumentos orquestrais para crianças moradoras de comunidades de baixa-renda.
Atualmente, as Escolas de Música e Cidadania, estão presentes em 27 comunidades, 21 localizados no Rio de Janeiro e os demais localizados em Florianópolis, Ceará, Bahia, Brasília e São Paulo.
Atendendo cerca de 2.000 crianças de norte a sul do país, o projeto teve início em uma pequena comunidade em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro com apenas 8 alunos.
Alan começou o projeto através do empréstimo de R$4.000 de amigos que acreditaram na proposta das Escolas de Música e Cidadania e que queriam ver o projeto que ele havia desenhado na sua cabeça se tornar realidade.
Aos poucos, com passos de formiguinha, o projeto foi tomando maior proporção e logo foi inaugurado um polo na Cidade de Deus. Através das leis de incentivo à cultura, a iniciativa conseguiu aumentar sua captação de recursos para que o projeto chegasse a outras localidades e impactasse mais vidas em vários estados brasileiros.
Existe ainda um braço de pré-profissionalização na música que é o projeto Orquestra e Coro Nova Sinfonia. O grupo orquestral é formado pelos alunos de maior destaque dos polos do Rio de Janeiro das Escolas de Música e Cidadania.
O grupo já se apresentou em importantes palcos culturais como o Cristo Redentor, o MASP, o MAM e até no Olympia, em Paris.
No segundo semestre de 2022, as Escolas de Música e Cidadania alcançou um importante marco: a abertura de um polo do projeto em Portugal, na cidade de Braga, ao norte de Portugal.
A Agência do Bem foi premiada entre as 100 Melhores ONGs do Brasil em 2021 e também conseguiu o ISO 9.001, que é um certificação internacional que atesta a qualidade na gestão da organização.
Para Alan, uma organização sem fins lucrativos deve ter uma estrutura profissional com processos e procedimento semelhantes a uma empresa.
A condução da Agência do Bem ao longo dos 17 anos de existência por Alan Maia com certeza o fazem ser um dos gestores de ONGs brasileiras que você deveria conhecer e acompanhar no LinkedIn.
Luiza Serpa – Instituto Phi
A carioca Luiza Serpa está a frente de umas das organizações filantrópicas mais relevantes do terceiro setor brasileiro, o Instituto Phi. Fundadora e diretora executiva da organização, Luiza Serpa atuou por muitos anos em empresas privadas desempenhando funções na área de comunicação e marketing.
Em 2014, decidiu mudar os rumos de sua carreira e investir na área social fundando o Instituto Phi.
Em carta aberta divulgada ao público após 8 anos afrente da organização, a gestora diz que “o meu sonho era conseguir potencializar os fundamentos da filantropia e inspirar abordagens eficientes de doação que realmente pudessem interromper as desigualdades da sociedade brasileira”.
A atuação do Instituo Phi na promoção da filantropia brasileira é de encher o coração de orgulho.
Desde sua fundação, a organização já movimentou mais de R$200 milhões para o setor social brasileiro, impactando cerca de 1.5 milhão de pessoas no Brasil.
Ao todo, foram 174 investidores sociais que apoiaram cerca de 968 projetos .
É impressionante o que uma pessoa movida pelo senso de justiça social, com vontade e conhecimento técnico pode fazer.
Parte relevante do trabalho desenvolvido pelo Instituto Phi é de criar relações de confianças entre o setor empresarial e organizações da sociedade civil que necessitam de financiamento para continuar atendendo seus públicos-alvo.
É pela atuação dessa carioca e publicitária de formação que ela consta nesta lista de gestores de ONGs brasileiras que você deveria conhecer e acompanhar.
Andréa Gomides – Instituto Ekloos
Com experiências em empresas multinacionais como a HP e a Microsoft, a niteroiense Andréa Gomides abriu mão de uma carreira de sucesso nas gigantes do segmento de tecnologia para criar sua própria organização social, o Instituto Ekloos.
Embora a carreira de Andréa a tenha levado para o mercado empresarial, ao longo de sua vida ela participou de como voluntaria de ações sociais que foram importantes para tomar a decisão de gerenciar uma ONG no Brasil. As experiências que viveu com crianças na Rocinha e com pessoas em vulnerabilidade social em Friburgo fizeram seu coração ficar
Andréa conta que mesmo recebendo um salário mensal consideravelmente abaixo do que costumava receber nas empresas que atuava, que ela se sente mais plena e feliz auxiliando outras organizações a profissionalizarem sua gestão.
O Instituto Ekloos age como uma aceleradora de impacto social, auxiliando organizações do terceiro setor a desenvolverem áreas estratégicas da organização visando o crescimento e o fortalecimento institucional de suas atividades.
Os focos de melhoria do programa de aceleração da Ekloos são comunicação, desenvolvimento de lideranças, responsabilidade social e tecnologia.
Mais de 400 organizações sociais já foram beneficiadas por ações do Instituto erguido pela Andréa Gomides.
Umas das organizações apoiadas pela organização de Andrea, é o projeto Luar de Dança que oferece aulas de ballet e outros tipo de dança para crianças de baixa renda de Duque de Caxias.
A mentoria com a organização ajudou ao projeto Luar a desenvolver novas linhas de captação de recursos e a aprimorar processos internos para que a ONG tenha maiores chances de manter sua sustentabilidade operacional e continuar atendendo dezenas de crianças e adolescentes.
É por histórias como essas que acreditamos que esta niteroiense deve constar na lista de gestores de ONGs brasileiras que você deveria conhecer e acompanhar pelas redes sociais.